Portugal autorizou o avião do Presidente boliviano Evo Morales a sobrevoar o espaço aéreo português, depois de inicialmente ter recusado o sobrevoo por suspeitas de que Snowden estaria a bordo, noticiou a AFP.
A informação foi veiculada pelo ministro da Defesa boliviano, Ruben Saavedra, a partir da Áustria, país onde o avião de Evo Morales aterrou na noite de terça-feira.
"Acabámos de receber há alguns minutos uma comunicação verbal do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, autorizando o sobrevoo do avião presidencial boliviano", declarou Saavedra, que acompanha Morales, à rádio governamental Pátria Nueva.
A informação da autorização por parte de Portugal foi veiculada pela AFP pouco depois das 04:00 em Lisboa.
A autorização de Lisboa ocorreu depois de a França ter dado luz verde ao avião do Presidente boliviano Evo Morales, escreveu a AFP.
"Temos uma última informação: o governo francês deu permissão para nós podermos sobrevoar o seu espaço aéreo", disse Ruben Saavedra à rádio Patria Nueva.
Ruben Saavedra disse, por sua vez, que a decisão de Paris foi comunicada "para a torre de controlo no aeroporto de Viena", onde um "novo plano de voo está em estudo".
A Bolívia disse que os países europeus tinham negado o acesso aos seus espaços aéreos por suspeitas de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estaria a bordo do avião presidencial, o que foi negado por La Paz.
O Presidente Evo Morales desembarcou na noite de terça-feira no aeroporto de Viena, proveniente de Moscovo, "mas sem Edward Snowden" a bordo, confirmou à AFP um porta-voz do Ministério austríaco dos Negócios Estrangeiros.
"O Presidente Morales partirá na manhã de quarta-feira para La Paz", indicou Alexander Schallenberg, que acrescentou que as autoridades austríacas "ignoravam" a razão pela qual o chefe de Estado tinha aterrado em Viena.
Edward Snowden, ex-consultor da CIA acusado de espionagem pelos Estados Unidos por divulgar programas secretos de vigilância da Agência Nacional de Segurança (NSA), está há nove dias na zona de trânsito do aeroporto moscovita de Sheremetyevo e pediu asilo a vários países, incluindo a Bolívia.