Cientistas americanos confirmaram hoje o êxito da investigação, anunciada em 2012, que chegou à conclusão que dois homens com sida não tinham quaisquer sinais do vírus, depois de terem sido submetidos a um transplante de medula, informa o jornal Público.
Segundo o Público, o êxito do transplante de medula, a que dois homens se submeteram, foi hoje confirmado, sendo que ambos já não necessitam de tomar anti-retrovirais, os medicamentos que reduzem o vírus da sida.
Esta investigação, que partiu de especialistas do Hospital Brigham and Womens, de Massachusetts, tinha sido dada a conhecer durante a Conferência Internacional sobre sida, em Julho de 2012. Neste seminário, explicou-se que estes dois homens, infectados com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) há 30 anos, tinham sido submetidos a um transplante de medula, um dos locais favoritos do vírus se alojar, e já não apresentavam sinais do vírus depois do tratamento.
Um ano depois, e no âmbito da conferência anual sobre a sida, os investigadores confirmaram o êxito da descoberta, já que os pacientes continuam sem sinais do vírus, após lhes ter sido retirada a medicação.
Os especialistas estão optimistas, mas dizem ser muito cedo para falar numa cura, sendo necessário "seguir estes doentes durante mais tempo”, declarou à BBC um dos especialistas, Timothy Henrich. Segundo adiantou, “o vírus desapareceu por um ano ou mesmo por dois", e que "depois de pararmos o tratamento, as hipóteses de recidência são extremamente baixas".
O investigador esclareceu ainda que apesar de o vírus não ser detectado nas análises, poderá estar ‘escondido’ no tecido do cérebro ou no tracto intestinal.