Uma missão do FMI realizou uma visita a Yaoundé, capital dos Camarões, durante 13 dias e que terminou hoje, para discutir a política comum entre os países-membros da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC).
As discussões centraram-se no “aprofundamento da integração regional”, necessária para atingir o “principal desafio a médio prazo” na região, assim identificado pelo FMI: um “crescimento elevado, sustentável e inclusivo, de forma a aumentar os padrões de vida, criar mais empregos e acelerar a redução da pobreza”.
No comunicado final, o chefe da missão, Joël Toujas-Bernaté, afirmou que “o desempenho económico regional” da CEMAC “tem sido sólido e principalmente liderado por investimentos públicos em vários dos países-membros”.
Porém, alertou, tanto a CEMAC como cada um dos países-membros devem preparar-se para “uma possível desvalorização temporária dos preços do petróleo”, dado que são “os elevados lucros do petróleo" que "têm suportado grandes e necessários investimentos em infra-estruturas”.
Em 2012, o crescimento na região acelerou para os 5,2 por cento, mas o que ainda resta de 2013 deve pontuar-se por uma “desaceleração do crescimento económico”, tornando o curto prazo susceptível a “riscos significativos”.
O FMI deixa algumas recomendações, entre as quais melhorar a gestão e fortalecer a regulação e a supervisão do sector bancário.
Em 2013, o produto interno bruto regional deverá ficar-se pelos 3 a 3,5 por cento de crescimento, sobretudo devido a uma diminuição nos investimentos públicos na Guiné Equatorial, mas, a médio prazo, o crescimento da região deverá manter-se sólido, a uma média de quatro por cento, até 2018, estima a instituição financeira internacional.