O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, criou hoje formalmente um partido político para entrar na corrida ao Senado australiano nas eleições de 2014.
Assange disse que o Partido WikiLeaks vai participar na corrida eleitoral com sete candidatos para entrar na câmara alta nos Estados australianos de Nova Gales do Sul, Victoria e Austrália Ocidental, apontando que uma vitória dos seus candidatos será semelhante a colocar os "melhores jornalistas de investigação" no Senado.
Apesar de estar refugiado na embaixada do Equador em Londres há mais de um ano, procurando evitar a sua extradição para a Suécia, onde as autoridades o querem interrogar sobre alegados crimes sexuais, Assange, de 42 anos, vai candidatar-se no Estado de Victoria, alegando que pretende ser um "escrutinador da actividade governamental independente".
"Não aceitaremos legislação ou políticas do Governo que sejam baseadas em informação imprecisa, inadequada ou mal divulgada, as nossas posições irão sempre reflectir a justiça e boas práticas e políticas governamentais e protegerão os interesses de todos os australianos", afirmou Julian Assange, citado pelo jornal The Australian.
O partido do fundador do portal WikiLeaks irá centrar-se em temas como a reforma tributária, requerentes de asilo e ambiente, acrescentou o próprio.
Assange teme que os Estados Unidos o queiram julgar depois de o WikiLeaks ter tornado pública correspondência diplomática sensível e material sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.