O presidente israelita, Shimon Peres, rejeitou hoje as acusações do homólogo libanês, Michel Sleiman, que acusou Israel de estar por detrás do atentado que, na quinta-feira, fez pelo menos 22 mortos e mais de 300 feridos na periferia de Beirute.
"Estou surpreendido por mais uma vez o presidente libanês ter afirmado que Israel é responsável. Porque olha ele para Israel, quando o Hezbollah destrói o Líbano e mata pessoas na Síria sem a aprovação do Governo libanês?", afirmou Peres, de acordo com o porta-voz da presidência.
O Hezbollah, movimento xiita libanês, é um aliado do regime do presidente Bashar al-Assad e combate ao lado das tropas de Damasco a rebelião na Síria.
"Israel não tem nada a ver com a situação no Líbano", sublinhou Peres, por ocasião de um encontro, em Jerusalém, com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Um atentado com um veículo armadilhado destruiu um reduto do Hezbollah, na periferia sul de Beirute, e causou pelo menos 22 mortos e mais de 300 feridos, de acordo com um novo balanço da polícia libanesa, hoje divulgado.
O balanço anterior referia 18 mortos.
O presidente Sleiman afirmou que o ataque tinha "a marca de Israel", inimigo do Hezbollah, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Israel e União Europeia.
O ataque foi reivindicado por um pequeno grupo totalmente desconhecido, alegadamente de rebeldes sírios.