"Eu, Robert Mugabe, juro fidelidade e lealdade ao Zimbabué e observar as leis do Zimbabué, que Deus me ajude", declarou o Presidente, de 89 anos, o líder mais idoso no poder em África.
Depois de permanecer 33 anos no poder, Mugabe continua a comandar o país, depois da sua polémica vitória nas eleições que ocorreram a 31 de Julho, consideradas "fraudulentas" pela oposição.
No seu discurso de tomada de posse, Mugabe criticou violentamente os países ocidentais que consideraram que as eleições de 31 de Julho não foram justas.
"Em relação aos países ocidentais que podem ter uma visão diferente, negativa, do nosso processo eleitoral e dos seus resultados, bem, não há grande coisa que possamos fazer por eles. Rejeitamo-los como gente vil de que devemos lamentar a torpeza moral", afirmou na cerimónia realizada no Estádio Nacional de Harare.
Antes, jurou "obedecer, manter e defender a Constituição e todas as leis do Zimbabué" e opor-se "a qualquer dano ao Zimbabué".
O Presidente sentou-se para assinar a declaração diante do presidente do Tribunal Supremo, Godfrey Chidyausiku, entre os aplausos da multidão que lotava o estádio.
Participaram no evento numerosos líderes africanos, como os Presidentes de Moçambique, Armando Guebuza, da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, da Namíbia, Hifikepunye Pohamba, o primeiro-ministro da Suazilândia, Barnabas Dlamini, o vice-presidente da África do Sul, Kgalema Motlanthe e o ex-presidente Thabo Mbeki.
A União Europeia apelou ao país para continuar com as reformas, para assegurar que as próximas eleições sejam "transparentes e credíveis".
O Reino Unido, através de um comunicado do ministro dos Negócios Estrangeiros, William Hague, referiu que quer uma "investigação independente" sobre as eleições no Zimbabué, reafirmando as suas "sérias preocupações" pelas suspeitas de fraude.