O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirma que não intervir em resposta ao ataque com armas químicas na Síria atribuído ao regime de Bashar al-Assad seria "um risco maior" do que a própria acção militar.
Kerry, que se reuniu com o seu homólogo francês, Laurent Fabius, insistiu que esta crise afecta a segurança dos norte-americanos, em particular pelo risco de disseminação de armas químicas entre grupos terroristas e que o ataque que os Estados Unidos estão a planear será curto, selectivo, sem tropas no terreno, mas com "uma mensagem clara".
O chefe da diplomacia norte-americana precisou que o presidente Barack Obama ainda não decidiu se vai esperar pela apresentação do relatório por parte dos peritos das Nações Unidas que estiveram no terreno a recolher provas do ataque com armas químicas de 21 de Agosto que provocou mais de mil mortos.
Os Estados Unidos têm uma operação militar pronta a avançar. São já mais de cinco navios de guerra estacionados no Mediterrâneo prontos para uma ofensiva aérea e limitada contra o regime de Bashar al-Assad.
Obama deverá fazer uma declaração ao país na próxima terça-feira. Pode ser o discurso que dará luz verde à operação militar.
A guerra civil no país fez mais de 100 mil mortos e dois milhões de refugiados.