O Ministério Público moçambicano remeteu para julgamento 10 processos de suspeitos acusados de tráfico de pessoas e de órgãos humanos, de um total de 24 processos que instaurou em 2012, indicou a Procuradoria-Geral da República de Moçambique.
Falando numa acção de capacitação em combate ao tráfico de seres humanos, a procuradora-geral adjunta moçambicana, Lúcia Maximiano, disse na segunda-feira que, do total dos processos instaurados por tráfico de pessoas no ano passado, 10 ainda estão na fase de instrução e quatro foram arquivados por falta de provas.
"Embora os números de processos sejam ainda inferiores, a Procuradoria-Geral da República considera-os como um bom indicador para combater o fenómeno, razão pela qual apostámos cada vez mais na formação de quadros aos diversos níveis e sectores", afirmou Lúcia Maximiano.
Por seu turno, o assistente do adido de segurança da Embaixada dos Estados Unidos em Maputo, cujo país tem apoiado a formação de quadros moçambicanos na luta contra o tráfico de seres humanos, Jason Snynder, apontou Moçambique como um exemplo de país empenhado na luta contra este tipo de criminalidade.
"O mais importante neste momento é oferecer ferramentas que possibilitem que os agentes envolvidos nesse esforço aumentem o grau de actuação no combate ao tráfico de pessoas e de órgãos humanos", enfatizou Jason Snynder.