A justiça egípcia ordenou hoje o congelamento dos bens dos principais dirigentes islamitas, nomeadamente da Irmandade Muçulmana do presidente destituído pelo exército Mohamed Morsi, segundo fonte judicial citada pela agência France Presse.
Entre as personalidades visadas por esta medida do Ministério Público figuram o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e os adjuntos Khairat al-Shater e Rashad al-Bayumi, detidos sob a acusação de “incitação à morte” de manifestantes anti-Morsi.
Khairat al-Shater, um empresário abastado, é considerado o principal financiador da Irmandade Muçulmana.
Além destes dirigentes, vários aliados da Irmandade são igualmente visados pelo Ministério Público, entre os quais o líder salafista Hazem Abu Ismail e o pregador pró-Morsi Safwat Higazi, igualmente sob detenção.
No total, dezena e meia de dirigentes islamitas têm os bens congelados.
Desde a destituição e detenção do presidente islamita a 03 de Julho, as novas autoridades instaladas pelo exército lançaram uma campanha de repressão contra a Irmandade Muçulmana e os aliados islamitas.