Os economistas e investigadores norte-americanos são de novo apontados como favoritos para o Nobel da Economia, que será atribuído na segunda-feira, depois de nos últimos dez anos terem representado 17 dos 20 laureados.
O Prémio de Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel deverá ser anunciado na segunda-feira em Estocolmo e encerra uma temporada que distinguiu a escritora Alice Munro, na Literatura, a Organização para a Interdição de Armas Químicas com o galardão para a Paz ou as descobertas sobre o Bosão de Higgs, no campo da Física.
O Nobel da Economia de 2012 foi atribuído aos norte-americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley pelas investigações que fizeram sobre os mercados e como ajustar os seus diversos atores.
Este ano, Robert Barro e Paul Romer, que trabalharam sobre o crescimento, são apontados como candidatos caso o júri (seis académicos suecos) decida premiar questões centrais de macroeconomia.
Na área das finanças, são mencionados os teóricos dos mercados Eugene Fama e Kenneth French e nas finanças comportamentais surgem nomes como Andrei Shleifer, Robert Vishny e Robert Shiller.
"O Prémio Nobel da Economia é reconhecido como o apogeu de uma realização intelectual nas ciências económicas", sublinha Avner Offer, professor de história económica na Universidade de Oxford.
Mas, muitas vezes as teorias que defendem são ignoradas pelos responsáveis políticos.
Um dos laureados com o Nobel da Economia em 2011, Christopher Sims, criticou em 1999 a zona euro por, apesar de ter um banco central e uma moeda comum, não ter "a correspondente autoridade orçamental". A crise grega viria a dar-lhe razão 11 anos mais tarde.
O economista sueco Klas Eklund, que foi conselheiro governamental, sublinha que há sempre incerteza em relação à investigação em ciências económicas, mesmo a melhor.
"Construir um modelo económico é um trabalho complicado. Prová-lo leva tempo. E mesmo que funcione num determinado país e num determinado momento, pode verificar-se que não funciona num outro país", afirmou.