O Prémio Nobel da Economia de 2013 distinguiu hoje os trabalhos de três norte-americanos, Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller, sobre os mercados financeiros.
Se é impossível prever o preço das acções e das obrigações nos próximos dias ou semanas, graças aos trabalhos de Fama, Hansen e Shiller "é possível prever a tendência geral em períodos mais longos, como três ou cinco anos", acrescentou a Academia em comunicado.
Estas descobertas, que podem parecer "contraditórias e surpreendentes" foram feitas pelos três laureados deste ano, segundo o comunicado.
"Os seus métodos tornaram-se ferramentas padrão na investigação universitária", destacou.
Eugene Fama nasceu em 1939 em Boston e é professor emérito da Universidade de Chicago, especialista em Finanças. Lars Peter Hansen, nasceu em 1952, também nos Estados Unidos, e é professor de Economia, Finanças e Estatística na mesma universidade.
Robert Shiller nasceu em Detroit em 1946 e é professor na Universidade de Yale, em New Haven. É o mais conhecido dos três premiados e é considerado um dos pioneiros das finanças comportamentais.
Concebeu um índice de preços do imobiliário nos Estados Unidos publicado todos os meses pela agência de notação financeira Standard and Poor's.
Este índice apoiou a sua demonstração que o setor financeiro norte-americano alimentava uma bolha especulativa e poderia dar origem a uma catástrofe, o que efectivamente aconteceu em 2007-2008 com a chamada "crise do subprime".
A atribuição do Prémio de Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel encerra uma temporada que distinguiu, entre outros, a escritora Alice Munro (Literatura), a Organização para a Interdição de Armas Químicas (Paz) ou as descobertas sobre o Bosão de Higgs (Física).
O Nobel da Economia foi instituído em 1969 pelo Banco da Suécia, que o financia e já distinguiu 74 figuras, mas só uma mulher, a norte-americana Elinor Ostrom, que partilhou o prémio em 2009 com o seu compatriota Oliver Williamson.
O prémio tem a dotação de 8 milhões de coroas suecas (920 mil euros) e também será entregue, como os restantes galardões, a 10 de Dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel.