O ex-primeiro-ministro já tinha sido banido do senado, agora foi considerado inelegível para o parlamento. Berlusconi classifica a medida como “um dia amargo e de luto para a democracia”.
Silvio Berlusconi foi expulso do Parlamento italiano e considerado inelegível, pelo que não poderá voltar a ocupar o cargo de deputado.
Segundo a lei italiana, um deputado torna-se inelegível caso seja condenado por um crime grave. Berlusconi ficou nessa situação depois de ser condenado por fraude fiscal, mas a medida punitiva teve de ser sujeita primeiro a uma votação no senado.
Berlusconi tem estado envolvido em inúmeros escândalos, de sexuais a financeiros, ao longo dos anos. A sua condenação e subsequente expulsão de deputado retira-lhe qualquer imunidade parlamentar, pelo que o bilionário veterano da política italiana está agora mais exposto às outras investigações que decorrem em relação a ele, incluindo suspeitas de suborno político e de solicitar relações sexuais a troco de dinheiro com uma menor.
O ex-primeiro-ministro, que já tinha sido expulso do senado, falou aos seus apoiantes dizendo que se trata de “um dia amargo e de luto para a democracia”.
O tribunal condenou Berlusconi por um esquema de facturas falsas, com o objectivo de diminuir os impostos do seu império televisivo Mediaset. O ex-governante não vai ter de cumprir pena efectiva, mas foi condenado a um ano de trabalho comunitário e banido de ocupar cargos públicos durante dois anos.