Nelson Mandela vai ser sepultado na aldeia onde nasceu. O presidente sul-africano anunciou ainda uma semana de luto nacional, a começar dia 8.
Nelson Mandela nunca deu indicações exactas para o seu funeral, mas transmitiu o desejo de ter uma cerimónia simples. Para a comunidade Xhosa da África do Sul, à qual o Nobel da paz pertencia, a morte não é algo que deva ser planeada.
Porém, as preparações para as cerimónias fúnebres já começaram e espera-se que o número de pessoas presentes no funeral, que terá lugar a 15 de Dezembro bata recordes, o que representa um enorme desafio logístico para o país.
O presidente Jacob Zuma decretou o dia 8 como um dia de reflexão e preces. A 10 de Dezembro são esperadas milhares de pessoas para se despedir de Mandela, no principal estádio de futebol do Mundial da África do Sul e onde o Nobel da Paz fez a sua última aparição pública.
O corpo do primeiro presidente negro da África do Sul, que está agora num hospital militar de Pretória para ser embalsamado, será transferido para o Union Buidings, em Pretória, residência oficial do Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, no dia 11, onde permanecerá em câmara ardente três dias.
O Governo tem ainda programadas cerimónias em vários locais, ao longo de vários dias, para dar oportunidade a todos de participar. Livros de condolências estão presentes em edifícios públicos no país e nas embaixadas da África do Sul em todo o mundo.
Depois do funeral de Estado, em Pretória, o corpo de Nelson Mandela vai ser transportado num avião militar para a província de Eastern Cape, onde será sepultado na aldeia de Qunu, onde Mandela nasceu e passou a infância e onde estão enterrados três dos seus filhos.
"Vamos todos trabalhar juntos para organizar cerimónias fúnebres dignas deste filho excepcional do nosso país e pai da nossa jovem nação", acrescentou Zuma.