Maior homenagem realiza-se hoje em Joanesburgo, num evento que junta mais de 70 chefes de Estado e de Governo de todo o mundo.
Começam esta terça-feira as cerimónias fúnebres prémio Nobel e antigo presidente sul-africano Nelson Mandela. Uma mega-operação de segurança mobiliza milhares de polícias para acolher os líderes mundiais. A área onde vão discursar vai estar protegida com vidros à prova de bala.
As estradas num raio de vários quilómetros à volta do estádio estão cortadas e quem quiser assistir à cerimónia terá de andar a pé ou utilizar os transportes públicos disponibilizados para o efeito.
O estádio tem capacidade para 95 mil pessoas, mas pode tornar-se pequeno para todos os que querem participar no evento. As autoridades têm instruções para bloquear o acesso ao local se o número de pessoas for considerado ingovernável.
Em alternativa, estão instalados 90 ecrãs gigantes por todas as províncias do país e, em Joanesburgo, três outros estádios de futebol transmitem a cerimónia em directo. Os portões são abertos às 6h00 da manhã (menos duas horas em Lisboa) para a cerimónia que começa às 11h00 e termina às 15h00 (13h00 em Portugal continental).
No recinto onde Madiba fez a última aparição pública, em 2010, um coro vai entoar o hino nacional e dá início às exéquias oficiais. Seguem-se os discursos de um amigo da família Mandela e de quatro dos seus netos.
Oito governantes internacionais sobem ao púlpito: o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, a presidente da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a chefe de Estado brasileira, Dilma Roussef, o vice-presidente chinês, Li Yuanchao e os presidentes da Namíbia, Hifikepunye Pohamba, Índia, Pranab Mukherjee, e Cuba, Raúl Castro Ruz.
O chefe de Estado da África do Sul, Jacob Zuma, é o último a discursar. Segue-se uma homilia em honra de Nelson Mandela e o presidente da Câmara da província de Gauteng, Nomvula Mokonyane, encerra a cerimónia.
A maioria dos governantes que participa na cerimónia não vai estar presente no enterro de Mandela, na aldeia de Quinu, no dia 15.