Antigo polícia divulgou fotos que apontam para a execução de 11 mil presos por parte do regime de Bashar al-Assad.
Os Estados Unidos e a ONU reagem com “horror” aos alegados casos de execuções e torturas sistemáticas sobre 11 mil prisioneiros na Síria, desde o início da guerra civil.
Washington considera que os documentos revelados esta terça-feira vêm reforçar a necessidade de afastar do poder o presidente Bashar al-Assad e os seus seguidores.
O relatório, elaborado por três antigos procuradores de tribunais internacionais de crimes de guerra, contém 27 mil fotografias de prisioneiros mortos e com sinais de tortura.
Marie Harf, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, apela à urgência de progressos na conferência de paz para a Síria, que decorre na quarta e quinta-feira, na Suíça.
“A situação no terreno é tão horrífica que nós precisamos de colocar em marcha o processo de transição política e afastar do poder o regime de Assad”, defende Marie Harf.
Navi Pillay, a alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, também já reagiu a estas alegações, através do seu porta-voz. Rupert Colville considera o relatório “extramemente alarmante”.
“A alegada escala das mortes em regime de detenção, a confirmar-se, é verdadeiramente horrível. Suspeitas tão sérias como estas não podem ser ignoradas e é necessário continuar a investigar”, afirma Rupert Colville.
As novas provas de uma matança em larga escala na Síria foram divulgadas esta terça-feira. Um antigo polícia sírio, cujo trabalho era fotografar os detidos mortos, divulgou fotos que apontam para a execução de 11 mil presos por parte do regime de Bashar al-Assad.
As 27 mil fotografias, que já foram analisadas por três antigos procuradores de tribunais internacionais de crimes de guerra, revelam ainda sinais de tortura. Há marcas de cordas à volta de pescoços, bem como nódoas negras, manchas de sangue e sinais de ferimentos severos.