Presidente Viktor Yanukovich espera agora chegar a acordo com a oposição. A caminho da Ucrânia está a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, para tentar mediar as negociações entre o presidente Viktor Yanukovich e os líderes da oposição.
Demitiu-se esta terça-feira o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, numa tentativa de fomentar aquilo a que chama "um compromisso socio-político".
De acordo com a edição online do jornal britânico "The Independent", as declarações de Azarov foram publicadas enquanto o Parlamento do país abria uma sessão especial para votar se haveria de voltar atrás com as leis anti-protesto estabelecidas no início do mês e que serviram como catalizador para os confrontos entre manifestantes e polícia.
A Ucrânia tem estado a viver uma onda de violência há dois meses e a crise foi agravada pelos muito aguerridos confrontos na Praça da Independência, no centro de Kiev, a capital.
A lei aprovada a 16 de Janeiro limitava a liberdade de manifestação e proibia, por exemplo, a instalação não aprovada de barracas ou palcos, prevendo penas de prisão até cinco anos.
Na reunião de segunda-feira, os representantes do presidente Yanukovich admitiram um perdão para os manifestantes detidos durante a vaga de protestos, mas apenas se derem por terminadas as ocupações de edifícios públicos e os bloqueios de ruas.
Uma das principais figuras da oposição, o antigo ministro da Economia Arseny Yatsenyuk, recusou entretanto o lugar de primeiro-ministro.
A chefe da diplomacia europeia está a caminho da Ucrânia desde a madrugada de terça-feira. Catherine Ashton decidiu antecipar em 48 horas a sua viagem ao país e estará a partir de hoje em Kiev para tentar mediar as negociações entre o presidente Viktor Yanukovich e os líderes da oposição.