Os Estados Unidos fazem um ultimato ao Governo sírio: tem de cumprir a resolução das Nações Unidas para a remoção das armas químicas.
A Síria não está a cumprir o calendário invocando a falta de equipamento e de segurança, justificações a que os Estados Unidos não aceitam, como indicam em carta enviada à Organização para a Erradicação das Armas Químicas.
Até este momento, Damasco apenas entregou 4% do arsenal químico que declarou às instâncias internacionais.
As autoridades norte-americanas contactaram este mês Portugal para avaliar a possibilidade de realizar o transbordo de material químico proveniente da Síria num porto nos Açores. Este pedido decorre no quadro da resolução 2118, adoptada por unanimidade pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e com a aprovação da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ).
O material começou a sair da Síria em 7 de Janeiro, no âmbito de um acordo sobre o desmantelamento do arsenal de armas químicas do regime de Damasco. No dia 16 deste mês foi anunciado pelo ministro dos Transportes de Itália, Maurizio Lupi, que o porto italiano de Gioia Tauro, na região da Calábria, foi o escolhido para a operação de transbordo de químicos do arsenal sírio.
A guerra na Síria dura há quase três anos e já fez cerca de 120 mil mortos e dois milhões de refugiados.