O Parlamento Europeu (PE) pediu sanções tais como a negação de vistos de viagem e o congelamento de bens para as autoridades da Ucrânia responsáveis pela morte de manifestantes durante os protestos que duram há três meses.
A resolução foi aprovada em plenário, esta quinta-feira, e o presidente da comisssão de Negócios Estranegeiros, Elmar Brok, especificou que “as pessoas diretamente responsáveis pela violência, por detenções com tortura e elaboração de leis que suportam essas práticas, poderão vir a perder o direito de entrada na União Europeia (UE)”.
Os eurodeputados pedem também a aprovação de um pacote de apoio financeiro.
Contudo, face à instabilidade no Governo ucraniano, o eurodeputado polaco socialista, Marek Siwiec, alerta que “o dinheiro é como combustível e quando se envia combustível tem de se ter a certeza que a máquina trabalha de forma eficiente”.
O PE apela à libertação incondicional dos manifestantes e está preocupado com as alterações constitucionais.
“A Constituição que agora está a ser aplicada é ilegítima, porque foi alterado pelo Supremo Tribunal e não pelo Parlamento. Criou competências para uma república presidencial, algo para o qual o Presidente Ianukovich não foi eleito”, afirmou o eurodeputado polaco conservador, Jacek Saryusz-Wolski.
Numa resolução sobre a Rússia, o Parlamento critica este país por interferir nas decisões da Ucrânia e por considerar a região da Parceria de Leste como parte da sua esfera de influência.