É a mais ruidosa vaga de contestação na Venezuela em uma década e promete continuar a fazer-se ouvir. A oposição convocou nova manifestação para este sábado. Tem como mote “o protesto das panelas vazias” e pretende denunciar a escassez de alimentos e produtos básicos no país.
Em contrapartida, o presidente Nicolas Maduro promete uma grande mobilização nacional no dia da mulher.
Esta sexta-feira, a cidade de Maracaibo, no noroeste do país, foi palco de novos confrontos entre polícia e manifestantes. Desde o início dos protestos, a 12 de fevereiro, morreram cerca de 20 pessoas, 300 ficaram feridas e mais de mil foram detidas. Uma ONG denunciou maus tratos e tortura dos manifestantes presos.
Porém, o que a televisão estatal mostra são imagens de manifestações de apoio a Nicolas Maduro e de ações governamentais de distribuição de comida. Neste que é o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, é muito difícil conseguir comprar leite, farinha, açúcar ou até papel higiénico.
Face à crise, a Organização de Estados Americanos aprovou uma declaração de solidariedade, lamentando as mortes e apelando ao diálogo.