Os líderes do G7 e da União Europeia (UE) decidiram esta segunda-feira, na Holanda, não participar em mais encontros com a Rússia, no formato G8, até que o Kremlin “mude de rumo” em relação à Ucrânia.
Os responsáveis dos sete países mais industrializados do mundo e da UE surgiram muito sorridentes no seu encontro, aparentemente indiferentes à ameaça que o fracasso em garantir a integridade territorial da Ucrânia representa para o Tratado de Não-Proliferação nuclear e para a paz no mundo.
Moscovo não vê um grande problema na exclusão do G8.
Segundo Serguei Lavrov, “o G8 é um clube informal. Ninguém entrega uma carta de membro e, por definição, ninguém pode correr com ninguém. Se os nossos parceiros ocidentais acham que este formato está gasto, que assim seja. Não estamos agarrados a este formato e não vemos uma grande tragédia se o G8 não se reunir. Podemos até fazer uma espécie de experiência: Esperar um ano, um ano e meio e ver como sobrevivemos sem ele”, pareceu ironizar o chefe da diplomacia russa.
À margem da Cimeira sobre Segurança Nuclear, em Haia, Moscovo e Kiev tiveram também, esta segunda-feira, a primeira reunião ao mais alto nível diplomático desde o início da crise na Ucrânia.
Segundo o enviado especial da euronews à Holanda, James Franey, “em 2009, foi o Presidente norte-americano que disse querer um novo começo nas relações com a Rússia. Agora, o mesmo homem, Barack Obama, conduziu as conversas para suspender a Rússia do G8. Uma nova Guerra Fria? Talvez não. Mas enquanto Washington tem falado do reforço da segurança na Ásia, é claro que as fronteiras da Europa se tornaram, de novo, no epicentro da geopolítica global”.