Sem surpresas, o marechal Abdel-Fattah al-Sisi é, oficialmente, candidato à presidência do Egito.
Sisi tem governado o país desde o golpe que afastou Mohamed Morsi e a Irmandade Muçulmana do poder. Se muitos o vêm como um salvador do país, há também quem veja em Sisi um perpetuar do poderio militar, depois das décadas de Mubarak.
Nas ruas do Cairo, as opiniões são diversas: “Sinceramente, acho que Sisi é um homem honrado e a maioria dos egípcios gosta dele. Ele salvou o país da Irmandade Terrorista, que estava a levar o país para o Inferno”, diz um egípcio. Uma mulher acrescenta: “Nós queremos que o marechal Sisi seja candidato, mas ao mesmo tempo temos receio, porque os tempos que se avizinham vão ser mais difíceis do que imaginávamos”.
Sisi parte assim como grande favorito às presidenciais marcadas para o dia 17 de julho. O país tem vivido os últimos meses mergulhado numa onda de violência. Desde o afastamento de Morsi, mais de 1400 pessoas morreram em confrontos e milhares de apoiantes da Irmandade Muçulmana, incluindo os principais dirigentes, foram detidos.