O governo de Kiev lançou um ultimato aos separatistas que ocupam edifícios públicos nas cidades russófilas do leste da Ucrânia.
“A questão ficará resolvida em 48 horas, ou pela via política ou pela força”.
A situação mais tensa vive-se na cidade de Luhansk. Os últimos ocupantes do edifício dos serviços de segurança já sairam do imóvel, mas as barricadas na rua foram reforçadas e os ativistas prepararam-se para lutar por um referendo sobre a anexação da cidade à Rússia.
Um manifestante lança um apelo:
“Esta é a nossa última oportunidade. Kharkiv está perdida, Donetsk está perdida, Mykolaiv já foi perdida há muito tempo, Odessa está quase perdida. Nós somos a última esperança para toda a Ucrânia”.
Nas outras cidades em que eclodiram os movimentos separatistas após a anexação da Crimeia, a situação está agora mais calma, embora alguns edifícios oficiais estejam ainda ocupados.
Em Donetsk, a sede do governo regional ainda está ocupada, mas o edifício dos serviços de segurança já foi retomado pelas autoridades.
A população da cidade está dividida:
“Queremos liberdade, queremos a nossa república de Donetsk para nos ligarmos a quem quiser unir-se a nós”, afirma uma cidadã.
Outra, defende:
“Queremos que Donetsk seja ucraniana. Amamos a nossa Ucrânia”.
O governo interino da Ucrânia continua a acusar a Rússia de tentar desmembrar o país. Moscovo nega as acusações.
Os serviços secretos ucranianos divulgaram, no site oficial, que detiveram uma cidadã russa envolvida em confrontos na Ucrânia e acusam-na de espionagem.