As duas partes combinaram encontrar-se para dizer “as verdades”. Contestação na Venezuela dura desde Fevereiro e já fez, pelo menos, 39 mortos.

O governo do Presidente Nicolás Maduro e a coligação opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) chegaram a um acordo para iniciar um diálogo formal.

"Aspiramos a que nas próximas horas se dê já uma reunião formal, que será pública e que os venezuelanos vão poder compartilhar e ver. É uma reunião muito importante, para dizermos as verdades", anunciou o vice-presidente da Venezuela.

Jorge Arreaza falava aos jornalistas à saída de uma reunião "preparatória e exploratória" com representantes da oposição, que teve lugar em Caracas sob a mediação de uma missão de ministros da União de Nações da América do Sul (Unasul).

Desde Fevereiro que a Venezuela vive momentos de grande tensão, com manifestações e conflitos com a polícia, que provocaram 39 mortos.

No final de Março, dezenas de estudantes declararam uma praça do leste de Caracas como "praça da resistência", onde leram um manifesto que apelava ao povo a reproduzir a iniciativa por toda a Venezuela.

Exigiram ainda que as 39 mortes sejam investigadas, bem como as denúncias de tortura.

A onda de contestação começou por exigir a demissão do Presidente Nicolas Maduro e mudanças políticas, mas os manifestantes protestam também contra a alta inflação e as elevadas taxas de crime.