Desarmamento de grupos armados ilegais e o fim da ocupação dos edifícios são alguns dos pontos do acordo assinado em Genebra na quinta-feira sobre a crise no leste da Ucrânia.
O entendimento foi felicitado por muitos, mas o ceticismo reina, como o do presidente dos Estados Unidos.
“Os russos assinaram esse acordo mas a questão agora é saber se de facto eles vão usar a mesma influência que exerceram de uma forma disruptiva para restaurar a ordem, para que os ucranianos possam levar adiante uma eleição, e avançar com a reforma de descentralização que propuseram”, declarou Barack Obama.
O chefe da diplomacia russa salientou a posição de Moscovo de que é preciso respeitar as populações.
“Em princípio, a nossa posição é que a Ucrânia deve regressar ao ponto onde todos, sem a exclusão de qualquer região, vivam sob leis gerais que formam as sociedades civilizadas. Por isso, só devem estar armados os elementos das forças de segurança, da polícia e do exército para que as armas sejam usadas de acordo com a lei internacional e não contra o próprio povo”, afirmou Serguei Lavrov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano deixou o aviso de que Kiev vai continuar com a situação debaixo de olho.
“A operação antiterrorista continua na Ucrânia e dependendo de como os grupos extremistas vão atuar, em relação às condições estabelecidas no acordo, na rapidez em libertar os edifícios capturados, nós decidiremos quanto tempo a nossa ação vai durar”, salientou Andriy Deshchytsia.