Obrigado a fugir, o primeiro-ministro interino da Tailândia escapou a uma invasão de manifestantes antigovernamentais que ocuparam instalações da força aérea onde Niwatthamrong Boonsongphaisanse pretendia reunir-se com a comissão eleitoral em Banguecoque.
A reunião servia para estabelecer uma data para as eleições antecipadas, ponto da discórdia no dividido país entre apoiantes do governo dominado pela família Shinawatra, com forte influência rural, e os opositores, associados à classe média, defensora da realeza.
Os opositores, conhecidos como camisas amarelas querem, antes das eleições, reformas na lei eleitoral para acabar com o domínio do poder vigente, a quem acusam de corrupção.
“Eles não tem o direito de realizar eleições. Tudo depende do povo, eles têm que perguntar às pessoas. O governo fala do seu dever mas nunca questionou sobre os que morreram”, diz um manifestante.
A comissão eleitoral acabou por anunciar que não há condições para o escrutínio realizar-se a 20 de julho, face à grave instabilidade no país.
A Tailândia pode estar a escorregar para uma guerra civil. Horas antes, uma zona dos opositores, na capital, foi palco de um ataque à granada. Pelo menos 3 pessoas morreram e 24 ficaram feridas.