O exército ucraniano tenta pôr fim à rebelião das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, depois de ter retomado várias cidades do leste do país e num momento em que Kiev admite a possibilidade de retomar o cessar-fogo.
Os militares anunciaram ter retomado o controlo da cidade de Siverski, 100Km a norte de Donetsk, assim como de um novo posto fronteiriço na região de Luhansk.
Pelo menos quatro soldados morreram e 12 ficaram feridos durante os combates desta noite.
Um militar ucraniano afirma-se pronto a “combater até ao fim, com os meus companheiros, para pôr termo a esta situação o mais rapidamente possível para que os meus sobrinhos possam voltar a caminhar em liberdade nesta região do país”.
Desde esta noite que os rebeldes tomaram posições em torno do aeroporto de Donetsk controlado pelo exército, onde se registaram vários tiroteios.
Os militantes pró-russos rejeitam qualquer entendimento com Kiev, quando algumas fontes afirmam que Moscovo continuaria a fornecer armas aos rebeldes.
“Nós estamos a defender a nossa pátria. Não queremos que os ocidentais venham aqui impor a sua lei. Não vamos permitir que tal aconteça. Somos antes de mais pessoas normais, mineiros, pedreiros, etc”, afirma um combatente separatista.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, admitiu ontem, durante uma conversa telefónica com a Chanceler alemã, a possibilidade de retomar o “cessar-fogo”, mas só após obter o controlo de todas as zonas fronteiriças com a Rússia e a libertação de todos os reféns.
Segundo a organização Amnistia Internacional, centenas de pessoas teriam sido raptadas e torturadas pelos militantes pró-russos. Kiev fala de mais de 500 pessoas raptadas, enquanto a ONU contabiliza pelo menos 222 casos.