O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseny Yatseniuk, apresentou esta quinta-feira a demissão, devido ao impasse na aprovação de leis sobre o sector energético e financiamento militar.
Arseny Yatseniuk manifestou-se frustrado com a inércia do Parlamento e avisou que os políticos arriscam perder o apoio dos ucranianos que protestaram durante meses nas ruas do país contra o antigo Presidente Viktor Yanukovich e em defesa da União Europeia.
“A história não nos vai perdoar. Milhões de pessoas fizeram esta revolução. Nós não assumimos a opção europeia”, mas os milhares de ucranianos que e manifestaram “fizeram-no”, afirmou o primeiro-ministro demissionário, numa intervenção na assembleia de Kiev.
A decisão do primeiro-ministro foi anunciada depois de dois partidos terem abandonado esta quinta-feira a coligação governamental, forçando eleições.
A crise no Governo ucraniano acontece numa altura em que o exército combate os rebeldes separatistas no Leste do país e no rescaldo a tragédia do voo MH17, que resultou na morte de 298 pessoas.