A Costa do Marfim anunciou a suspensão dos voos da sua companhia aérea para e de países afectados pela epidemia de ébola e proibiu todas as empresas de transportar passageiros destes países para Abidjan.
O governo decidiu "suspender até nova ordem os voos da 'Air Côte d'Ivoire' com destino e provenientes de países afectados pela doença do vírus Ébola", de acordo com um comunicado divulgado. As autoridades costa-marfinenses "proíbem as outras companhias de transportar passageiros de países atingidos pela doença do vírus Ébola para a Costa do Marfim".
O país, vizinho da Libéria e da Guiné Conacri, onde a epidemia fez centenas de mortos, apresenta um nível de alerta muito elevado, de acordo com as autoridades sanitárias.
O país adoptou várias medidas sanitárias suplementares, insistindo especialmente na vigilância comunitária, desde que a epidemia de febre hemorrágica conheceu um agravamento na zona da África Ocidental. Além da Guiné Conacri e da Libéria, a Serra Leoa e a Nigéria também foram atingidas.
Também foi decidido reforçar a vigilância no aeroporto de Abidjan, onde "todos os passageiros à chegada serão submetidos a uma medição da temperatura". Um dispositivo de lavagem de mãos será também montado no local.
Cidadão romeno em quarentena
Um cidadão romeno apresentou no domingo sintomas do vírus do Ébola e foi colocado em quarentena num hospital de doenças infecciosas de Bucareste.
Segundo fontes médicas, o homem de 51 anos, que voltou da Nigéria a 25 de Julho, foi atendido no hospital de Ploiesti apresentando um quadro clínico de febre, diarreia com sangue e desidratação, informou o director do estabelecimento.
Desde o início do ano, mais de 960 pessoas morreram em perto de 1.800 casos (confirmados, prováveis ou suspeitos) de febre hemorrágica causada pelo vírus do Ébola.
Outros países também tomaram medidas preventivas. As autoridades da Guiné Conacri encerraram as fronteiras com a Serra Leoa e a Libéria, numa tentativa para travar o surto do Ébola que está a afectar a região. E a Zâmbia decidiu impor restrições à entrada de viajantes oriundos dos países africanos mais afectados pelo surto, proibindo os seus cidadãos de viajarem para esses territórios.
A Libéria é um dos quatro países da África Ocidental que enfrentam o pior surto de Ébola das últimas quatro décadas, já considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma emergência internacional de saúde.
Fonte: rr