O primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki aceitou demitir-se, para colocar fim ao impasse político em Bagdad, com o governo confrontado com a rebelião no norte do país.
A renúncia ao cargo põe termo a oito anos de crise, durante os quais o governo de al-Maliki tem sido acusado de favorecer a maioria xiita do país.
“Para facilitar o processo político e formar o novo governo, decidi renunciar à minha candidatura em benefício do meu colega Haider al-Abadi, com todas as responsabilidades que isso implica, a fim de salvaguardar os interesses do nosso país.”
O presidente iraquiano já pediu ao seu sucessor, Haider al-Abadi, vice-presidente do Parlamento, que forme um novo governo.
Al-Maliki desistiu também da queixa que queria apresentar contra o presidente Fuad Masum.
Al-Maliki tem estado sob pressão para abrir caminho a al-Abadi.
Vários chefes de Estado e representantes religiosos, nomeadamente xiitas, tinham apelado a Nouri al-Maliki para que aceitasse afastar-se do cargo.
Espera-se de Haider al-Abadi que forme um governo de união nacional capaz de enfrentar a ameaça dos rebeldes sunitas do Estado Islâmico.