Em Gaza fez-se a festa depois do Hamas e Israel chegarem a um acordo para um cessar-fogo duradouro.
Depois de sete semanas de intensos combates, que mataram mais de 2100 palestinianos e deixaram dezenas de milhares de desalojados, em Gaza, o anúncio do fim da guerra, feito por Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestiniana, é uma mensagem de esperança.
Ao fim da tarde, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, em conferência de imprensa, confirmou o acordo, falou em vitória e dirigiu-se, diretamente, aos israelitas:
“Hoje dizemos à população israelita que, depois da entrada em vigor do cessar-fogo, podem regressar a casa, somos nós que o permitimos e não Netanyahu.”
Apesar do acordo que permite a paz o discurso, de ambos os lados, é em tudo antagónico:
“Porque é que o Hamas aceitou, hoje, o mesmo acordo proposto pelo Egito, e que tinha recusado à um mês? Podia ter-se evitado o derramamento de muito sangue”, adiantou Mark Regev, porta-voz do governo israelita.
Entre os pontos acordados, estão a abertura das ligações entre Gaza e Israel, que irá ajudar a reconstruir a região. Os palestinianos aumentam, também a zona de pesca.
Daqui a um mês arrancam as negociações sobre a construção de um porto e aeroporto em Gaza e o desarmamento do Hamas.