O acordo entre as duas partes foi alcançado após mais de um ano de negociações e 74 rondas de diálogo. A última ronda de diálogo durou mais de cinco horas.
O governo moçambicano e a Renamo, o principal partido da oposição, assinaram, este domingo, um cessar-fogo com «efeitos imediatos», após mais de um ano de negociações.
No final da 74ª ronda de diálogo e após mais de cinco horas de reunião, o acordo foi anunciado pelo chefe dos observadores, o académico Lourenço do Rosário.
O chefe dos observadores disse, no final da reunião, que também foram assinados o memorando de entendimento, os mecanismos de garantia e os termos de referência da equipa militar de observação do cessar de hostilidades.
O acordo foi assinado pelo chefe da delegação governamental e ministro da Agricultura, José Pacheco, e pelo líder dos negociadores da Renamo, Saimone Macuiana. Assinado o acordo, Saimone Macuiana disse aos jornalistas que, com este entendimento, a liberdade, a justiça e a transparência democrática podem agora ser uma realidade.
Governo e Renamo já tinham assinado, a 11 de agosto, o consenso em relação ao desarmamento do partido de oposição, observadores internacionais de oito países, incluindo Portugal, e Lei da Amnistia, que constituem os pilares do entendimento, mas subsistiam dúvidas sobre a validade dos documentos, sem as assinaturas do Presidente da República e do líder da oposição.