O governo da Serra Leoa anunciou o confinamento da população durante três dias, a partir de 19 de setembro, como medida de controlo à propagação do Ébola no país.
A decisão é contestada pela organização Médicos sem Fronteiras (MSF) que considera que o confinamento pode levar á quebra da confiança da população no sistema de saúde e contribuir para camuflar os sintomas do vírus.
O ministro da Informação da Serra Leoa, Alpha Kanu, responde que os Médicos sem Fronteiras poderão ter razão no que dizem, mas a função dos médicos é curativa, é encontrar cura para a doença, prestar cuidados de saúde e nós estamos preocupados com a mobilização social. “Só 0,02% da população foi afetada. Ainda temos 5 milhões 999 mil que não foram contaminadas e isto é uma e emergência e temos que protegê-las”, afirma.
A Serra Leoa é um dos países mais atingidos pela epidemia do vírus. O governo de Freetown promete recrutar mais de 20 mil pessoas para fazer o rastreio das populações durante os três dias de confinamento em casa.
A decisão divide os cidadãos. Uma vendedora diz que fica feliz se ficar em casa, mas há quem pense que a economia serraleonesa vai sofrer muito com este bloqueio.
Durante o confinamento, sete mil equipas farão o rastreio porta-a-porta para detetar possíveis casos da doença não assinaldados pelas famílias.