A febre hemorrágica ébola já causou 2.811 mortos na África Ocidental, em 5.864 casos, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os três países mais afectados pela doença são a Libéria, a Guiné Conacri e a Serra Leoa.
A actual epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus em 1976, partiu da Guiné-Conacri no final de Dezembro de 2013.
Entre o pessoal de saúde, já se registaram 186 mortos em 348 infectados.
Uma outra epidemia de ébola, distinta da que atinge a África Ocidental, já matou 41 pessoas em 68 casos no noroeste da República Democrática do Congo, desde que apareceu a 11 de Agosto e até 18 de Setembro.
A infecção ocorre por contacto directo com fluidos corporais, sangue, líquidos biológicos ou secreções e o período de incubação dura de dois a 21 dias. Nesta fase a doença não é contagiosa, apenas a partir do momento em que os sintomas se manifestam é que pode ser transmitida.
A doença atinge uma taxa de mortalidade de cerca de 70%, segundo um estudo divulgado pela OMS.
Mais de um milhão de infectados?
Mais de um milhão de pessoas podem ser infectadas com Ébola até Janeiro, se não aumentarem os esforços para deter a doença na África Ocidental. O alerta é dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americanos.
Numa conferência de imprensa na cidade de Atlanta, no sul dos Estados Unidos, as autoridades sanitárias explicaram que entre 550.000 e 1,4 milhões de pessoas podem ser contagiadas nos países mais afectados, se não forem adoptadas mais medidas para impedir a propagação da febre hemorrágica, cuja taxa de mortalidade é de 90%
As projecções dos CDC baseiam-se num relatório elaborado em Agosto último, antes de o Governo norte-americano ter aprovado o envio de 3.000 soldados para a África Ocidental, onde já morreram pelo menos 2.800 pessoas por causa do vírus do ébola.
O Governo português já emitiu conselhos para os portugueses nos países afectados por surto de ébola. Os cidadãos podem contactar o gabinete de emergência consular através dos números de telefone 707202000 ou 961706472 ou pelo endereço electrónico Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.. Também a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) presta esclarecimentos complementares.