O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou na Assembleia Geral da ONU ontem que as negociações de paz com Israel só terão valor se houver um cronograma firme para o fim da ocupação de 47 anos dos territórios palestinos. Ele também acusou o governo de Israel de promover um genocídio durante a recente ofensiva em Gaza.
Neste ano, proclamado pela Assembleia Geral da ONU como o Ano Internacional de Solidariedade com a Palestina, Israel escolheu fazer uma nova guerra de genocídio contra o povo palestino, disse ele, em relação à Operação Limite Protetor, que matou mais de dois mil moradores de Gaza.
Foi a segunda vez na História que um palestino falou na condição líder de um Estado não membro da ONU diante da Assembleia Geral. Em 2012, o órgão promoveu o status da Organização para Libertação da Palestina (OLP), que Abbas preside. Até então, a OLP era considerada apenas uma entidade.
Chegou a hora de essa ocupação acabar, afirmou.
Abbas disse que países árabes trabalharam numa resolução para ser votada pelo Conselho de Segurança da ONU pedindo o fim da ocupação num período de “dois a três anos”.
Israel se recusa a acabar com a ocupação do Estado da Palestina desde 1967, e, ao invés disso, busca a continuação e o entrincheiramento, rejeita o Estado Palestino e se recusa a achar uma solução justa para a difícil solução dos palestinos refugiados, disse.
Segundo ele, Israel não quer “fazer paz com suas vítimas”.