Nos Estados Unidos cresce a preocupação com a difusão do virus Ebola, após o registo do primeiro caso fora do continente africano.
Um homem que viajou da Libéria para Bruxelas e depois para o Texas está internado no Texas Health Presbyterian Hospital, em Dallas.
A pediatra, especialista em doenças infeciosas, Jennifer Lighter Fisher, diz que todos os hospitais dos Estados Unidos se devem preparar, por que é possível que sejam identificados mais casos, mas, acrescenta, “não há risco para a saúde pública”.
A preocupação das autoridades sanitárias é com o facto de, durante os quatro dias em que o doente viajou, poder ter contagiado muitas pessoas.
No Texas, a notícia deste caso fez muitos pais irem buscar as crianças à escola.
“Eu estava com medo, não queria que ele estivesse aqui na escola. Quero-o em casa em segurança. Quero ter a certeza que tudo está bem antes de deixá-lo voltar”, diz uma mãe.
“Eu fiquei admirado de vê-la aqui e quando ela me disse, fiquei cheio de medo. Agora estou feliz por poder ir para casa”, afirma o filho.
O homem hospitalizado nos Estados Unidos chegou no dia 20 de setembro, sem nenhum sintoma da doença, e só quatro dias mais tarde é que o vírus se declarou. As autoridades texanas estâo à procura de todas as pessoas que possam ter estado em contacto com ele, para as colocarem sob vigilância médica.
Na Líbéria, o país mais atingido pela febre hemorrágica, o otimismo das autoridades não é partilhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) . A presidente liberiana fala de principio de controlo da epidemia; a OMS fala de “crescimento explosivo”.