O principal movimento de oposição de Moçambique, a Renamo, rejeitou nesta sexta-feira os resultados preliminares que indicam a vitória do partido governista Frelimo nas eleições desta semana. A Renamo alega que houve fraude e exige uma nova votação, embora observadores africanos considerem que o processo foi transparente e livre.
“Não aceitamos os resultados “ disse o porta-voz da Renamo, Antonio Muchanga. Os resultados têm de ser anulados e novas eleições, realizadas.
Com um quarto das urnas apuradas, o ministro da Defesa e candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Felipe Nyusi, tem 63% dos votos. Afonso Dhlakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), aparece em segundo lugar, com 30%. Daviz Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, vem em terceiro com 7,5%.
Muchanga disse que muitas cédulas já vinham com o nome de Nyusi marcado. Mas as acusações da oposição contrastam com as declarações de observadores da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento para o Sul Africano (SADC, na sigla em ingês).
“A missão de observação concluiu que as eleições presidencial, legislativa e para as assembleias provinciais foram em geral pacíficas, transparentes, livres, justas e confiáveis”, disse a SADC em comunicado.
Estas foram as quintas eleições desde o fim da guerra civil que marcou o país de 1975 a 1992, após o fim da colonização portuguesa.