A União Europeia (UE) quer reforçar os controlos nos aeroportos dos países africanos mais afectados pelo ébola para travar a propagação do vírus. Esta foi uma das medidas discutidas na reunião de alto nível que decorreu esta quinta-feira, em Bruxelas, e que reuniu os ministros e outros responsáveis dos serviços de saúde dos países comunitários.

A Comissão Europeia vai levar a cabo uma avaliação conjunta com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para estabelecer que tipo de melhorias poderão ser introduzidas nesses aeroportos.

Alguns países europeus decidiram avançar com a implementação de mecanismos de controlo nos seus aeroportos. A medida depende da decisão do governo de cada país e que, de acordo com os participantes no encontro, deve servir sobretudo para informar os passageiros sobre os sintomas do ébola e sobre o que fazer, onde se dirigir e quem contactar caso após a chegada considerem que possam estar contagiados.

A reunião de Bruxelas serviu, sobretudo, para tentar harmonizar estes procedimentos entre os diferentes países e para transmitir uma mensagem de tranquilização da opinião pública.

Como explicou o comissário europeu responsável pela saúde, Tonio Borg, a União Europeia tem uma população de 500 milhões de pessoas e, até ao momento, foi registado apenas um caso de ébola em Espanha.

Outros poderão aparecer, mas o risco de propagação da doença é extremamente baixo, graças aos elevados padrões de higiene europeus e à existência de serviços médicos adequados.

A epidemia de ébola já provocou a morte a cerca de 4.500 pessoas, de acordo com o mais recente balanço da OMS. O surto começou na África Ocidental e já há casos na Europa e nos Estados Unidos.