O Relatório de 2014 sobre a liberdade religiosa no mundo, da responsabilidade da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) revela que “as violações mais graves” a este direito acontecem de forma predominante em “países muçulmanos”.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a organização católica precisa que no período compreendido entre outubro de 2012 e julho deste ano, a liberdade religiosa “entrou numa fase de declínio grave” a nível global, tendo em conta a situação analisada em 196 países dos cinco continentes.
Outra conclusão neste estudo, que a Fundação AIS realiza de dois em dois anos, é que “a perseguição das minorias religiosas” e "o aumento dos Estados uniconfessionais" estão a provocar uma onda extremamente elevada de populações em fuga, o que tem contribuído para a “crise mundial de refugiados”.
O Relatório vai ser apresentado esta terça-feira, no auditório da Assembleia da República, em Lisboa, pelas 17h00.
O documento, que avalia e classifica o grau de liberdade religiosa em cada um dos países do Mundo, será apresentado por Michael Gulbenkian e contará ainda com a presença do arcebispo D. Issam John Darwish, do Líbano.
“O prelado irá falar sobre a questão da liberdade religiosa no seu país, que enfrenta atualmente uma forte ameaça de colapso económico e até político por ter recebido, nos últimos anos, milhares de refugiados provenientes da Síria e do Iraque”, adianta a AIS.