O Partido Republicano manteve o controlo da Câmara dos Representantes e conquistou a maioria das cadeiras do Senado, nas eleições intercalares dos Estados Unidos, na terça-feira.
 
Os resultados que fazem antever uma forte oposição nos últimos dois anos de governo do presidente democrata Barack Obama. Contudo, na opinião do analista de política norte-americana Germano Almeida, em declarações à Renascença, pode agora haver um equilíbrio de forças entre Casa Branca e Senado.

“Essa vitória, que parece uma fraqueza para Obama, pode, eventualmente, mudar a relação de forças entre os dois pólos. Nos primeiros seis anos de Obama, os republicanos adoptaram uma posição contra o governo, mas, neste caso, ganhando mais poderes no sistema político, os republicanos vão também ser mais responsabilizados e chamados a compromisso”, afirma.

As últimas projecções da imprensa norte-americana apontam para a conquista, até ao momento, de 52 lugares por parte dos republicanos. Fica, assim, ultrapassada a barreira dos 51, necessária para assumir o controlo do Senado.

Na Câmara dos Representantes, o Partido Republicano também deverá manter a maioria com a previsão de 226 a 241 dos 435 lugares na Câmara a ser ocupados pela oposição e Obama.

Na Carolina do Norte, Arkansas, Dakota do Sul, Montana, Virgínia Ocidental e Colorado as cadeiras passaram dos democratas para os republicanos, dando aos conservadores o controlo absoluto do Congresso, algo que não acontecia desde 2006.

Segundo a CNN, os republicanos venceram ainda em estados como a Geórgia, Kentucky, Maine, Mississippi, Nebrasca, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee, Texas e Wyoming.

Cerca de 145 milhões de eleitores foram às urnas em 36 Estados e renovaram a totalidade dos 435 membros da Câmara dos Representantes, os governos estaduais e o Senado, cujo domínio pertencia ao Partido Democrata.