Os conflitos na Síria e no Iraque obrigaram cerca de 13,6 milhões de pessoas – mais do que a população portuguesa – a deixar as suas casas. O balanço é avançado por Amin Awad, da agência das Nações Unidas para os refugiados (UNHCR), que acusou o mundo inteiro de indiferença.
“Quando falamos de um milhão de pessoas deslocadas, em menos de dois meses, ou 500 mil durante a noite, o mundo simplesmente não responde”, disse aos jornalistas em Geneva.
Dos quase 14 milhões de refugiados, cerca de metade fugiu para outras cidades da Síria, 3,3 milhões de sírios foram para o estrangeiro e 1,9 milhões fugiram para o Iraque.
A Jordânia, o Líbano, o Iraque a Turquia têm servido de porto de abrigo para estas famílias desalojadas. Na Turquia, por exemplo, o Governo anunciou um programa de educação para as mais de 150 mil crianças sírias refugiadas no país.
Amin Awad, da ONU, disse ser uma “vergonha” que os países desenvolvidos, “especialmente os europeus”, não sigam o exemplo destes países do Médio Oriente: “Deviam abrir as suas fronteiras e partilhar o fardo”, criticou.