As autoridades de Kinshasa anunciaram este sábado o fim da epidemia de Ébola, que tinha sido declarada oficialmente no final de agosto numa zona isolada da República Democrática do Congo (RDCongo), provocando 49 mortos – é o que se pode ler no jornal digital “Observador” que cita a Agência Lusa.
O ministro da Saúde congolês, Félix Kabange Numbi, indicou igualmente que a RDCongo acabou a formação de um primeiro grupo de 180 pessoas especializadas na luta contra esta doença, “pronto para intervir na Guiné-Conacri, na Serra Leoa, na Libéria e no Mali”.
Na RDCongo, “o fim da epidemia (…) não significa que o perigo está totalmente ultrapassado”, porque o Congo “continua, como todos os outros países do mundo, sob a ameaça de casos de importação da doença do vírus do Ébola”, sobretudo a partir do Oeste de África, declarou Kabange, durante uma conferência de imprensa em Kinshasa.
O anúncio do fim da epidemia acontece 42 dias depois do registo do último caso de doença provocado pelo vírus, a 04 de outubro, e menos de três meses depois do seu reconhecimento pelas autoridades. A duração da incubação do vírus do Ébola é de 21 dias.As autoridades congolesas tinham declarado oficialmente a epidemia do Ébola a 24 de agosto.
Esta epidemia registada na RDCongo corresponde a uma variação do vírus e é distinta da que grassa no Oeste de África. No Congo, a doença atingiu uma região encravada da província do Equador (Noroeste), em plena floresta equatorial, no distrito de Boende (800 quilómetros a nordeste de Kinshasa).
No Oeste de África, de acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde, publicado na quinta-feira, o Ébola provocou 5.177 mortos.No início de outubro, as Nações Unidas tinham saudado “o imenso trabalho” realizado por Kinshasa e pelos seus parceiros na luta contra a doença.
Fonte: Vaticano