A sede da NATO, em Bruxelas, recebe na próxima semana o primeiro encontro da coligação internacional que está a combater o Estado Islâmico.
Ao todo são cerca de 60 os ministros dos Negócios Estrangeiros que daqui a uma semana participam no encontro presidido pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e que tem como objectivo analisar o progresso na luta contra os jihadistas.
Fontes diplomáticas indicam, contudo, que, apesar da reunião se realizar no quartel-general da Aliança Atlântica, esta apenas fornece as suas instalações. Não há qualquer envolvimento formal da NATO nesta iniciativa que é da exclusiva responsabilidade da administração norte-americana.
Apesar dos ataques aéreos levados a cabo pelas forças da coligação internacional, chefiada pelos Estados Unidos, o auto-proclamado Estado Islâmico controla grande parte do Norte do Iraque e algumas zonas (como é o caso da província de Anbar) do centro do país. Grande parte da Síria também está nas mãos do grupo islamita.
O Estado Islâmico é um grupo terrorista sunita e tem tido particular sucesso nas zonas sunitas do Iraque, onde existe já um grande descontentamento com o Governo que é controlado por xiitas desde o derrube do regime de Saddam Hussein. A maior parte das milícias populares que lutam ao lado do Governo contra o Estado Islâmico são compostas por xiitas.
Pelo menos cinco ocidentais (três norte-americanos e dois britânicos foram decapitados) pelos terroristas.