Pela terceira noite consecutiva, milhares de pessoas estão a manifestar-se em Nova Iorque, nos Estados Unidos, contra o uso de força exagerada por parte de um polícia que levou à morte de um cidadão afro-americano.
Os manifestantes exigem a demissão de todos os envolvidos no caso da morte por asfixia de Eric Garner.
Outra exigência das pessoas que protestam nas ruas é que seja nomeado um procurador especial para voltar a investigar este e outros casos semelhantes que têm ocorrido nos Estados Unidos.
Ao tentar deter Garner, que, desarmado, vendia cigarros ilegalmente numa rua do bairro de Staten Island, em Nova Iorque, o polícia Daniel Pantaleo imobilizou-o pelo pescoço, apesar de o homem se queixar de que não conseguia respirar, enquanto uma testemunha gravou o episódio com o telemóvel.
Eric Garner, de 43 anos e pai de seis filhos, acabou por morrer no hospital, depois da detenção. O instituto médico legal de Nova Iorque declarou que a causa da morte foi "a compressão do pescoço e do peito contra o chão". O facto de Eric ter asma, obesidade e hipertensão arterial pode ter contribuído para a morte.
Um grande júri decidiu não levar a julgamento o polícia envolvido na morte de Eric Garner.
Também há protestos em Chicago, Cleveland e Jacksonville, Florida e Washington.
Este é o segundo caso em poucas semanas com decisões semelhantes que levantaram muita polémica e até levaram a actos de violência.
Em Ferguson, nos subúrbios de Saint Louis, no estado norte-americano do Missouri, outra grande júri também decidiu não acusar o polícia Darren Wilson, que em Agosto matou o jovem afro-americano Michael Brown.