Os manifestantes que ocupam o centro de Hong Kong há mais de dois meses têm até quinta-feira para deixar o local.
Prevê-se para esse dia um braço-de-ferro com a polícia, que prevê deslocar cerca de três mil efetivos.
Os protestos chegaram a juntar mais de 200.00 pessoas, mas agora são apenas algumas dezenas que permanecem junto às instalações do governo.
“Talvez os protestos se tenham prolongado durante demasiado tempo. Como cidadã normal, penso: O que mais podemos fazer? Devemos ficar aqui para sempre? Se queremos seguir em frente, devemos parar e mudar de estratégia”, diz Esther Yau, trabalhadora social.
Carlos Cheung, empregado dos transportes, acrescenta: “Se me perguntar que resultados concretos conseguimos, a resposta é zero. Nem o governo de Hong Kong nem a administração central chinesa fizeram concessões. Os estudantes diminuíram o número de exigências desde que o movimento começou. Aqueles que estão em greve de fome só pedem uma reunião, mas mesmo isso foi rejeitado”.
Os protestos pedem uma maior independência face ao governo chinês, depois de se saber que todos os candidatos às eleições para o governo do território seriam propostos por Pequim.