“Mãos ao alto, não disparem”: Palavras de ordem que ecoam pelos quatro cantos dos Estados Unidos, mote de milhares de americanos para denunciar a violência policial injustificada, em particular contra os negros.
Em Chicago, pelo menos seis pessoas foram detidas na manifestação deste sábado.
Em Washington, o reverendo Al Sharpton, recordou que a América é feita de “negros, brancos, jovens e velhos”.
Desde a morte de um jovem negro desarmado, Michael Brown, baleado por um polícia branco, em agosto, que os Estados Unidos atravessam o pior período de tensões raciais em mais de uma década.
As recentes decisões de não avançar com processos criminais contra os polícias brancos que abateram Brown e sufocaram Eric Garner foram a gota de água para muitos americanos das mais diversas raças e credos.
Os manifestantes exigem “justiça para todos” e pedem ao Congresso que aprove uma lei que proíba a polícia de realizar perfis raciais.
O protesto chegou mesmo à NBA. Estrelas do basquetebol, como LeBron James ou Kobe Bryant, entraram em campo envergando uma t-shirt com a expressão “I can’t breathe”, “não consigo respirar”, as palavras pronunciadas por Garner quando estava a ser sufocado até à morte pela polícia.
Os direitos civis voltaram ao topo da agenda política norte-americana.