A paquistanesa Malala Yousafzai, prémio Nobel da Paz de 2014, está desolado com a notícia do ataque talibã desta terça-feira contra uma escola na região de Peshawar, no Paquistão, que fez 126 mortos, a maioria crianças.
“Estou de coração partido pelo acto de terror em Peshawar. Um acto sem sentido e a sangue-frio que está a acontecer perante nós”, disse em comunicado.
Em 2012 Malala foi baleada na cabeça, num ataque feito pelo mesmo grupo terrorista responsável pelo tiroteio desta terça-feira e na mesma região paquistanesa, Peshawar, onde vivia e onde desenvolvia o seu trabalho de defesa do direito das mulheres à educação.
“Crianças inocentes na sua escola não pertencem a este tipo de horror. Condeno estes actos atrozes e cobardes e mantenho-me unida com o Governo e as Forças Armadas do Paquistão, cujos esforços para resolver este evento horrível têm sido louváveis”, sublinha a jovem de 17 anos.
Enquanto o número de mortos continua a aumentar, um porta-voz dos talibãs reivindicou o ataque à escola militar e justificou que se tratava de uma retaliação directa a uma recente operação do exército para combater os fundamentalistas.
“Eu, juntamente com milhões de outras pessoas à volta do mundo, choro por estas crianças – os meus irmãos e irmãs – mas nós nunca vamos ser derrotados”, acrescentou Malala.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, disse que o país está a viver uma “tragédia nacional” e anunciou três dias de luto no país.