Estados Unidos e Cuba sentam-se pela primeira vez à mesma mesa em mais de 35 anos. As delegações dos dois países estão reunidas em Havana, até quinta-feira, para assentar as bases do restabelecimento das relações bilaterais, acordado em Dezembro.
Os temas da imigração e o reatar das relações diplomáticas vão dominar o debate, durante o qual os Estados Unidos pedem mais respeito pelos direitos humanos e Cuba espera poder assistir ao fim do embargo norte-americano.
Na véspera da reunião, o presidente Barack Obama relembrava os objetivos do diálogo, frente ao congresso norte-americano, durante o discurso sobre o estado da União:
“É tempo de tentarmos algo novo quando a nossa política dos últimos 50 anos não funcionou. A nossa mudança de posição sobre Cuba tem a possibilidade de pôr fim a um legado de desconfiança, de pôr fim a uma desculpa para impôr restrições a Cuba, defende os valores democráticos e estende a mão da amizade ao povo cubano. E este ano o congresso deve começar a trabalhar para pôr fim ao embargo”.
O caminho do diálogo anuncia-se, no entanto, bastante pedregoso, tanto para Obama, que precisa de convencer um Congresso dominado pelos republicanos, como para Cuba, que prefere, para já, falar de um reatar do diálogo em vez de uma normalização de relações.