Os japoneses estão chocados com o anúncio da decapitação do jornalista Kenji Goto pelo grupo jihadista autodenominado Estado Islâmico. As autoridades nipónicas julgam “altamente provável” a autenticidade do vídeo que relata a execução.
Kenji Goto era um jornalista independente que centrava o seu trabalho nas histórias humanas das zonas de conflito e em particular no sofrimento das crianças.
A mãe do repórter afirma que Kenji “desejou, sempre, transformar o mundo num lugar sem guerras e salvar crianças da guerra e da pobreza”. Junko Ishido prometeu “manter viva a herança” do filho.
Kenji Goto partiu para a Síria em busca de Haruna Yukawa, o refém japonês capturado em agosto e executado na semana passada. O jornalista acabaria por ser igualmente sequestrado pelos insurgentes que se batem na Síria e no Iraque.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, denunciou um ato terrorista ignóbil e afirmou que o Japão vai assumir as suas responsabilidades, junto à comunidade internacional, na luta contra terrorismo.
Entretanto, na Jordânia, o executivo de Amã reiterou a vontade de aceder às exigências dos extremistas para conseguir a libertação do piloto capturado em dezembro.