O grupo terrorista Estado Islâmico libertou 19 cristãos assírios este domingo. Os jihadistas tinham raptado 220 elementos desta comunidade no dia 23 de fevereiro. A libertação só foi possível após o pagamento de um resgate, que os fundamentalistas apelidam de imposto religioso. O montante não é conhecido, mas em novembro vários cristãos assírios tiveram de pagar cerca de 1700 dólares de resgate, por pessoa. Os reféns regressaram a Hassaké, na Síria, a bordo de dois autocarros.
Cerca de 5 mil cristãos assírios fugiram desta província de maioria curda antes da chegada dos combatentes extremistas.
“Ninguém quer sair do seu país, mas a situação obriga-nos a fugir. Não há estabilidade. As nossas crianças têm medo e nós também. Andamos sempre de um lado para o outro. Se a situação não mudar, vai fugir toda a gente. Nós queremos paz e queremos que o Iraque voltar a ser o que era antes. Quando a vida regressar ao normal, todas as pessoas vão voltar a casa” – diz um deslocado de Mossul.
Em Beirute, centenas de cristãos assírios manifestaram-se durante o fim de semana em frente ao edifício da ONU na capital do Líbano. Os participantes pediram às Nações Unidas que protejam a comunidade na Síria e no Iraque.