Um aperto de mão que serve de prelúdio para um encontro histórico. Para além da saudação, Barack Obama e Raul Castro trocaram algumas palavras por ocasião da abertura da Cimeira das Américas, no Panamá, que deverá consagrar a reaproximação anunciada em dezembro entre os Estados Unidos e Cuba, antigos inimigos da Guerra Fria.
O encontro oficial previsto para este sábado será o primeiro entre um presidente norte-americano e o homólogo cubano em mais de meio século.
Obama frisou que respeita “as diferenças entre os dois países. Os dias em que a agenda para este hemisfério presumia, muitas vezes, que os Estados Unidos se podiam intrometer com impunidade, fazem parte do passado. Os Estados Unidos iniciam um novo capítulo nas relações com Cuba e esperam que crie um ambiente que resulte numa melhoria das vidas do povo cubano”.
Os chefes da diplomacia dos dois países reuniram-se já na quinta-feira, para debater nomeadamente a reabertura de embaixadas.
O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, que pretende apresentar uma petição a Obama a pedir a retirada das sanções impostas no mês passado por Washington a Caracas, visitou o monumento que honra as vítimas da invasão norte-americana no Panamá, em 1989.